Marcelo Rebelo de Sousa anunciou esta quinta-feira o fim da legislatura atual e novas eleições para 10 de março, colocando no calendário a conclusão de uma maioria absoluta marcada por greves e protestos de vários setores.
No entanto, nem todas as lutas sindicais vão terminar, apesar da dissolução do Parlamento.
O Explicador Renascença refere que greves é que ainda devem seguir em frente.
Que protestos vão manter-se para os próximos tempos?
Já na próxima semana, há greve nacional de médicos.
A paralisação está marcada para 14 e 15, ou seja, para as próximas terça-feira e quarta feira.
Foi convocada pela Federação Nacional dos Médicos, que continua a apoiar os clínicos que se recusem a fazer mais do que as 150 horas extraordinárias. Um protesto que também é apoiado pelo SIM - Sindicato Independente dos Médicos.
Vão continuar os constrangimentos nos serviços de urgência?
Sim, é o que se pode esperar, pelo menos, até ao final do ano, a não ser que os sindicatos e o Governo cheguem a um acordo.
A FNAM e SIM apelaram esta sexta-feira ao Ministério da Saúde para retomar as negociações, que decorreram com os sindicatos, nos últimos 19 meses.
Há mais alguma greve marcada na Saúde?
Sim e diz respeito aos enfermeiros. O Sindicato Nacional dos Enfermeiros mantém a greve que está marcada para o próximo dia 20 de novembro.
Até dia 25, decidiu também manter a greve às horas extraordinárias.
Defendem que a luta se justifica ainda mais nas atuais circunstâncias e exigem melhorias na carreira e aumentos salariais.
Já o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses tem posição diferente e desconvocou a greve, que estava marcada para esta sexta-feira.
E na Educação?
Na Educação, há uma greve marcada pelo STOP para decorrer por mais de duas semanas, com início na próxima segunda-feira.
Segundo apurou a Renascença, só este sábado à noite é que haverá uma decisão sobre se a greve se mantém ou se é desconvocada.
Já a plataforma de nove sindicatos cancelou todos os protestos e vai agora centrar a sua atenção junto dos diferentes partidos políticos no sentido de os sensibilizar para os problemas do setor.
E na Justiça?
O mesmo que tem acontecido desde o início do ano, relativamente aos oficiais de justiça, que tem em curso uma greve às horas extra.
Contactado esta tarde pela Renascença, o presidente do Sindicato que representa estes profissionais disse que o protesto vai continuar o tempo que for preciso até haver uma resposta positiva ao que têm vindo a reivindicar, nomeadamente o descongelamento das promoções.