O presidente demissionário da Caixa Geral de Depósitos, António Domingues, rejeitou prolongar o seu mandato à frente do banco “por mais uns dias”, sendo a transição assegurada pela restante administração.
O “Negócios” adiantou na edição online que António Domingues rejeitou prolongar o seu mandato até ao final de Janeiro, quando deverá entrar a equipa liderada por Paulo Macedo, tendo informado o ministro das Finanças, Mário Centeno, na sexta-feira.
Contactada pela agência Lusa, uma fonte do Ministério das Finanças confirmou que António Domingues “declinou o pedido feito para se manter em funções por mais uns dias”.
“O período de transição será inteiramente assegurado pelos membros da actual administração que mantêm os respectivos mandatos, sendo expectável que a nova equipa tome posse nos próximos dias”, revelou a mesma fonte.
O “Negócios” revela que na recusa enviada ao ministro Mário Centeno, o ainda presidente da Caixa, que se demitiu a 25 de Novembro, adianta que não era possível assegurar as condições jurídicas para aceitar o prolongamento do mandato por mais um mês face ao final de Dezembro - data em que terminaria funções”.
De acordo com o jornal, o adiamento da saída acautelava a demora na entrada de Paulo Macedo para o banco público.
Transição está assegurada
Na sexta-feira, a equipa de gestão da CGD liderada por António Domingues indicou que iria permanecer em funções até que a futura administração, comandada por Paulo Macedo, recebesse 'luz verde' do Banco Central Europeu (BCE).
Contactada pela Lusa, fonte oficial das Finanças confirmou que a transição seria assegurada pela actual equipa.
A lista completa com os futuros administradores da CGD ainda não é conhecida, mas já foi encaminhada pelo Governo para o BCE, que tem que dar o seu aval aos nomes propostos, algo que ainda não aconteceu.
Quando Frankfurt aprovar os novos membros do Conselho de Administração da CGD, que vai ter Rui Vilar como 'chairman' e Paulo Macedo como presidente executivo, estarão criadas as condições para que os mesmos assumam os cargos.
António Domingues apresentou em Novembro a sua renúncia à liderança da CGD, pelo que deveria sair do banco público no final deste ano, mas acedeu ao apelo das Finanças e vai assegurar este período de transição, que deverá ser relativamente curto.