A família de Philip Paxson está a processar a Google pela sua morte, alegando que a empresa, por negligência, não sinalizou nos seus mapas o desaparecimento de uma ponte que tinha deixado de funcionar nove anos antes.
O caso foi aberto no tribunal civil do condado de Wake, avança a BBC News.
Paxson morreu a 30 de setembro de 2022 após tentar passar de carro pela ponte danificada em Hickory, no estado de Carolina do Norte.
Philip voltava para casa depois da festa de aniversário da filha, que decorreu em casa de um amigo, e encontrava-se num bairro desconhecido, . A mulher levou as filhas para casa mais cedo e Paxson ficou para ajudar na limpeza.
“Não familiarizado com as estradas locais, confiou no Google Maps, esperando que o guiasse em segurança para casa, para a sua esposa e filhas”, disseram os advogados da família em comunicado.
"Tragicamente, enquanto conduzia com cautela na escuridão e na chuva, seguiu insuspeitamente as instruções desatualizadas da Google para a 'Ponte do lugar nenhum', colidindo com Snow Creek, onde se afogou", acrescentaram.
Os residentes locais dizem ter contactado repetidamente a empresa para que mudassem os mapas online depois de a ponte ter desabado em 2013. Em adição, as barreiras que normalmente eram colocadas na entrada da ponte desapareceram devido a vandalismo, de acordo com o Charlotte Observer.
O processo também inclui três empresas locais, argumentando que tinham o dever de vigiar e fazer a manutenção da ponte.
“As nossas meninas perguntam como e por que é que o pai delas morreu e eu estou sem palavras. Como adulta, ainda não consigo entender como é que os responsáveis pelas direções do GPS e da ponte puderam ter agido com tão pouca consideração pela vida humana", disse a sua esposa, Alicia Paxson, em comunicado.
“Damos as mais profundas condolências à família Paxson”, disse o porta-voz da Google, José Castañeda, à AP News. "O nosso objetivo é fornecer informações precisas das rotas no Maps e estamos a analisar esse processo”, conclui.