O holandês Bas Dost relatou, em tribunal, via Skype, os momentos de terror que viveu durante a invasão à academia de Alcochete.
O avançado fala de momento de surpresa e recorda que um homem grande, de cara tapada, atingiu-o na cabeça. O agressor não foi identificado, mas Dost recorda que o homem incentivou outros a agredi-lo.
Bas Dost foi depois conduzido à enfermaria, onde recebeu assistência, e lembra-se de ter pedido para não ficar sozinho, por estar com medo e temer pela vida.
O goleador, agora ao serviço do Eintracht Frankurt, revela que perguntou ao presidente Bruno de Carvalho como tinha sido possível acontecer um episódio tão grave.
Após o ataque, recorda o medo de sair de casa, à necessidade de segurança pessoal e o conselho de um terapeuta para sair do país. Esteve com o empresário três semanas na Áustria, mas o regresso a Alvalade deu-se com a promessa de Sousa Cintra, líder da comissão de gestão, e depois de Frederico Varandas, novo presidente, de que iria tudo correr bem e com a garantia de que este seria um episódio sem repetição.
Bas Dost terminou o seu depoimento sublinhando que nem mesmo as conquistas das Taças da Liga e de Portugal amenizaram o trauma e que foram conquistadas sem alegria ou vontade de festejar.
O julgamento de Alcochete prossegue na sexta-feira, com a presença, entre outros, de Sousa Cintra no tribunal de Monsanto.