O FC Porto acusa o Sporting de querer cometer um crime público na meia-final da Taça da Liga e admite desistir da competição.
O Sporting anunciou, esta segunda-feira, que os testes a Nuno Mendes e Sporar, que os impediram de jogar com o Rio Ave, eram falsos positivos e que, por isso, os dois jogadores estão prontos para defrontar o FC Porto. Em comunicado, os dragões acusam o clube leonino de querer "cometer um atentado à saúde pública", visto que não se passaram dez dias desde os testes positivos em causa.
No Twitter, o diretor de comunicação do FC Porto, Francisco J. Marques, lembra que, mesmo em casos assintomáticos, o protocolo da Direção-Geral de Saúde (DGS) obriga a dez dias de isolamento após teste positivo: "Tudo o que fuja a isto é um crime público."
O dirigente considera "extraordinário e terrível que um clube com as responsabilidades do Sporting se deixe seduzir pela miragem da vitória a qualquer preço para tentar atropelar a lei" e arrisque dar "um péssimo exemplo para toda a população" portuguesa.
"É ainda mais incompreensível por ser cometido por um clube presidido por um médico", acrescenta o FC Porto, no comunicado.
Francisco J. Marques assinala que "a estupidez, mesmo quando assintomática, é muito perigosa". O clube lembra que Portugal "é líder mundial do número de novos casos de Covid-19 por milhão de habitantes" e "todos os dias se bate o recorde nacional de mortos".
"O FC Porto comunicou esta situação à Liga e à Direção-Geral da Saúde e vai participá-la à Ordem dos Médicos, na expectativa de que as autoridades façam cumprir a lei, sob pena de ter de repensar a participação na final four da Taça da Liga, para defesa de todos os intervenientes. É uma questão de saúde pública", sentencia o FC Porto.
O Sporting-FC Porto realiza-se na terça-feira, às 19h45, no Estádio Dr. Magalhães Pessoa, em Leiria. Encontro com relato em direto na Renascença e acompanhamento ao minuto em rr.sapo.pt.