“Pais Cuidadores da Saúde e da Vida” é o título da mensagem divulgada pela comissão episcopal do laicado e família para o Dia do Pai, que se assinala a 19 de março.
A mensagem da comissão presidida pelo bispo auxiliar de Lisboa, D. Joaquim Mendes, começa por lembrar que “neste tempo quaresmal e de emergência, ao celebrarmos o Dia do Pai, temos consciência de que não somos donos da vida. Basta um vírus para a colocar em risco”. Mas encoraja os pais a descobrirem o lado positivo do isolamento. “Quem sabe se não pode ser um tempo para recomeçar”, e melhorar “a qualidade dos relacionamentos“, pergunta.
“Com as crianças e adolescentes em casa, vão ser precisos ‘superpais e supermães’“ para reinventar “novas formas de convívio, de trabalho e de passatempo em família”, o que para os bispos desta área pastoral da Igreja só pode ser bom, já que ”provavelmente vão fazer coisas que nunca fizeram, ter conversas que não teriam, orações em família que nunca fariam, projetos que juntos não sonhariam”.
A mensagem refere que esta poderá ser uma “oportunidade para diálogo familiar sobre a beleza e sentido da vida: esse bem superior a todas as ilusões do bem-estar, da riqueza, da economia, dos negócios, do consumo, da rivalidade, da superioridade”, um tempo para “recomeçar em pontos essenciais da vida pessoal, de casal e de família”, e uma “oportunidade para acompanhar, nem que seja à distância, quem está mergulhado no drama da doença, da solidão”.
Por fim, a mensagem lembra que no dia 19 de março “a Igreja faz memória de S. José, esposo da Virgem Maria e pai adotivo de Jesus”, considerado “modelo de pai e de todos os pais”.
“Homem silencioso, soube garantir a estabilidade necessária à mais extraordinária família sobre a terra”, refere o texto, acrescentando que ”mesmo no meio das ameaças de uma pandemia, como a que vivemos, não são precisas muitas palavras, basta que cada uma seja rico em amor para o outro”.
A mensagem termina com um pedido: “que S. José ilumine todos os pais”, recordando a imagem que o Papa Francisco tem no seu quarto, em que “até a dormir, um pai como S. José continua a velar” por todos.