A maioria das vítimas do atentado que esta terça-feira de manhã abalou o centro turístico de Istambul são alemães. De acordo com fontes oficiais turcas, há pelo menos nove alemães entre os mortos.
Segundo a agência Reuters, um bombista suicida fez dez mortos e 15 feridos, depois de se fazer explodir numa zona muito frequentada por turistas.
O primeiro-ministro, Ahmet Davutoglu, já contactou a chanceler Angela Merkel para expressar as condolências pelas vítimas alemãs e convocou de emergência uma reunião de crise do governo em Ancara. Foram chamados os principais responsáveis pela segurança no país, como o ministro da Administração Interna, Efkan Ala e o chefe dos serviços secretos, Hakan Fidan, entre outros membros do Executivo. Apontando o dedo ao Estado Islâmico, Davutoglu disse que a Turquia não se vai deixar intimidar. "Enquanto não eliminarmos o Daesh [Estado Islâmico] continuaremos a combater em casa e com os nossos aliados da coligação", insiste.
O Presidente turco, Tayyip Erdogan, já veio a público dizer que o bombista foi identificado como sendo um cidadão sírio e embora o atentado não tenha sido reivindicado as principais suspeitas recaem sobre o auto-proclamado Estado Islâmico.
De acordo, com
as primeiras investigações, o homem-bomba terá entrado no país a partir da
Síria e não estava referenciado como possível extremista.
A praça Sultanahmet é um dos pontos turísticos mais visitados em Istambul e situa-se junto à Mesquita Azul e à Basílica de Santa Sofia, também conhecida como Hagia Sophia.
Há outros grupos que têm levado a cabo atentados na Turquia, como os de extrema-esquerda ou os independentistas curdos, mas o facto de o alvo ter sido uma zona turística leva a crer que se trata de jihadistas.
O país está em alerta desde Outubro, quando dois bombistas suicidas provocaram 103 mortos em Ancara, depois de se fazerem explodir junto de um protesto pacífico.
[Actualizado às 19h50]