A cimeira da ONU sobre as alterações climáticas que hoje começa em Paris envolve inéditas medidas de segurança, o que se compreende. Mas há o risco de os “media” falarem mais dessas medidas do que do problema das alterações climáticas.
Este tipo de cimeiras começou em 1992, no Rio de Janeiro. Mas, de então para cá, muito pouco se avançou. Entretanto, ao longo da última década cada ano foi mais quente do que o anterior. E hoje no mundo usa-se mais carvão (o mais poluente dos combustíveis) do que há quinze anos.
Por isso, o Papa Francisco dedicou uma encíclica ao ambiente e disse há dias que seria trágico se a cimeira de Paris falhasse. É positivo que as opiniões públicas estejam agora mais conscientes do problema. Embora em Portugal poucos saibam que o nosso país é um dos mais vulneráveis às alterações climáticas. E nos EUA vários pretendentes Republicanos à presidência neguem a ameaça climática.
Esperemos que não se disfarcem falhanços com medidas cosméticas. Como, por exemplo, colocar limites meramente indicativos, e não obrigatórios, às emissões de carbono.