O selecionador nacional, Fernando Santos, assim como os seus adjuntos, poderão ter de pagar IRS sobre mais 20 milhões de euros, segundo avança o "Expresso".
A notícia surge na semana em que Fernando Santos perdeu o processo contra o Fisco no valor de 4,5 milhões de euros, referente aos valores que auferiu entre 2016 e 2017. O Centro de Arbitragem Administrativa (CAAD) indiferiu o pedido do selecionador nacional sobre o seu contrato com a FPF.
No entanto, o caso pode não ficar por aqui. Em causa poderão estar correção de impostos dos valores recebidos entre 2018 e 2021. Segundo a publicação, Fernando Santos terá lucrado cerca de 20 milhões de euros nesse período.
Questionado pelo "Expresso", Fernando Gomes não esclarece se vai alterar o contrato com o selecionador e a restante equipa técnica e se vai assumir os valores de imposto, caso seja decidido novamente contra a equipa técnica nacional.
Desde 2014 que Fernando Santos recebe o seu ordenado através da empresa Femacosa.
Apesar da derrota no processo, Fernando Santos, em comunicado, afirmou que ficou demonstrado que "a minha empresa já existia quando eu treinava na Grécia pelo que não é nem fictícia nem se criou com o propósito de eu vir a ser selecionador nacional".
O técnico, de 67 anos, considera que "ficou evidente" que não tentou, nem a FPF, "criar um esquema através do qual se sonegasse informação ou se iludisse a Autoridade Tributária (AT) ou qualquer outra autoridade".
Em comunicado oficial, a FPF reiterou o seu apoio a Fernando Santos, elogiando a conduta do treinador.
"Fernando Santos teve sempre, desde que foi convidado para assumir o cargo de selecionador nacional, uma conduta irrepreensível do ponto de vista ético, moral e desportivo. A existência de um contrato único para os serviços de toda a equipa técnica nacional foi opção da FPF, com o propósito de evitar constrangimentos se e quando existissem rescisões (como as que tinham ocorrido com outros selecionadores e respetivas equipas técnicas)", podia ler-se.