A pandemia, que obrigou as pessoas a ficarem em casa, teve um forte impacto na vida das famílias nomeadamente em termos de gastos com a prestação ou renda da casa e com as contas da água, gás e luz.
O Diário de Notícias (DN) escreve esta terça-feira, citando dados do Eurostat, que os gastos das famílias nacionais com as contas da água, gás, luz e em prestações ou rendas de casa, agravaram-se em 2,1 pontos percentuais, para 19,4%.
As despesas com alimentação também registam uma subida de 2,8 pontos percentuais para 18,9%, em termos homólogos, o mesmo acontecendo com os gastos em mobílias que subiram 0,1 pontos percentuais, para 4,9%.
Já os gastos com transportes, restauração e alojamento e a atividades de cultura e lazer sofreram uma queda.
“No final de 2020, as despesas em transportes representavam 12% (-1,6 pontos percentuais) dos orçamentos familiares, em Portugal. O peso da restauração e hotéis era de 12,4% (-1,5 pontos percentuais), e das atividades de cultura e lazer era de 5,7% (-0,3 pontos percentuais)”, escreve o DN.
Feitas as contas, conclui-se que as famílias residentes em Portugal gastaram, em 2020, menos 11,7% do que no ano anterior.
A realidade dos portugueses não difere muito da média europeia em que as despesas caíram 7,8% e 8,3%, na União Europeia e na zona euro, respetivamente.
Segundo os dados do Eurostat, os gastos das famílias residentes na UE com as suas habitações e serviços básicos cresceram 2,2 pontos percentuais, para 25,7%, em termos homólogos, registando-se também uma subida nas despesas com alimentação e mobiliário.
As atividades económicas mais penalizadas pela pandemia são: os restaurantes e hotéis, onde os gastos recuaram 2,7 pontos percentuais, para 6%, os transportes que caíram para 1,5 pontos percentuais para 11,6%, e as atividades de lazer com quebras de 0,9 pontos percentuais, para 7,8%.