Novo resgate? "Dediquem-se à caça de Pokémons", diz Costa
14-09-2016 - 12:42

O primeiro-ministro diz que "não tem qualquer cabimento falar em qualquer tipo de resgate".

O primeiro-ministro sugere aos que falam na possibilidade de um novo resgate que se dediquem "à caça de Pokémons".

"Como já disse várias vezes, não faz o menor sentido, não tem qualquer cabimento falar em qualquer tipo de resgate. Portanto, quem anda à procura de encontrar o diabo, mais vale dedicar-se à caça de Pokémons, que é mais fácil do que vir a encontrar o diabo", disse aos jornalistas António Costa, esta quarta-feira.

Interrogado sobre o facto de a agência de "rating" Moody's ter declarado ser pouco provável um cenário de segundo resgate financeiro a Portugal, o líder do executivo respondeu: "Nunca estive intranquilo, porque sempre disse que não faz o sentido, não tem qualquer cabimento, falar em qualquer tipo de resgate".

À margem de uma visita à Escola Básica e Secundária Passos Manuel, em Lisboa, o primeiro-ministro sustentou que há um quadro de estabilidade económica e financeira no país, com resultados positivos em termos de controlo do défice e na resolução das questões da banca.

"Portugal tem tido uma execução orçamental muito tranquila. Este ano (pela primeira vez em muitos anos) não ficará somente abaixo da meta dos 3% do défice, como também abaixo dos 2,7% previstos pela Comissão Europeia. E vamos mesmo ficar confortavelmente abaixo dos 2,5%", advogou o primeiro-ministro.

António Costa disse que este resultado se verifica depois de o seu Governo, ao longo de 2016, ter reduzido a sobretaxa de IRS e de ter reposto vencimentos de salários e de pensões.

Também de acordo com o primeiro-ministro, "a gestão da dívida tem sido feita com grande competência e profissionalismo por parte do IGCP (Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública) e as taxas aplicadas a Portugal têm revelado enorme estabilidade".

"Por outro lado, as questões que têm sido colocadas relativamente ao sistema financeiro têm sido resolvidas uma a uma com tranquilidade, não continuando a disfarçar o que irresponsavelmente foi escondido", acrescentou, numa crítica ao anterior executivo.