Os técnicos de diagnóstico e terapêutica estão em greve desde as zero horas desta quarta-feira. A paralisação é nacional e vai prolongar-se até amanhã, repetindo-se no dia 29. Continua, a partir daí, por tempo indeterminado.
Há serviços mínimos decretados e as unidades de cuidados intensivos, bem como as unidades de queimados, não deverão ser abrangidas pela paralisação.
As áreas mais afectadas devem ser as análises clínicas, a radiologia, a fisioterapia e a cardiopneumologia.
O presidente do Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica (STSS), Almerindo Rego, diz à agência Lusa que alguns profissionais questionaram a manutenção da greve por causa da situação que alguns hospitais da zona Centro do país, por causa dos incêndios, mas uma vez que há serviços mínimos a paralisação manteve-se.
A greve dos técnicos de diagnóstico foi marcada para exigir a "imediata aprovação" do diploma que cria a carreira destes profissionais. O sindicato tem exigido que o processo de revisão de carreira seja finalizado, com publicação de diploma, e que queixa-se de que a carreira está desactualizada há quase 18 anos.
Os técnicos têm feito outras greves para mostrar descontentamento, mas os seus objectivos ainda não atendidos.
Esta quarta-feira, o sindicato promete realizar, frente ao Ministério da Saúde em Lisboa, "a manifestação das manifestações".
A área dos técnicos de diagnóstico e terapêutica abrange mais de 20 profissões, três delas por regulamentar, em áreas como análises clínicas, radiologia, fisioterapia, farmácia e cardiopneumologia, num total de cerca de dez mil profissionais.