Altos responsáveis russos celebraram a eleição de Donald Trump como uma vitória geopolítica de Moscovo, avança o “Washington Post”.
Sem revelar nomes, fonte oficial norte-americana contou ao jornal que a reacção de grande entusiasmo foi obtida através da intercepção de comunicações.
Entre as altas figuras russas envolvidas nos festejos estão nomes que, acreditam os EUA, conheciam a campanha de pirataria informática para interferir nas eleições norte-americanas de Novembro passado.
A intercepção destas comunicações é uma das provas que levou os serviços secretos norte-americanos a concluir que Moscovo ajudou Donald Trump a ser eleito, avança o “Washington Post”.
Numa reunião com senadores, em Dezembro, responsáveis da CIA revelaram que a Rússia interferiu na campanha eleitoral americana com a intenção clara de ajudar Donald Trump e não apenas com o intuito de descredibilizar o sistema eleitoral e a democracia nos Estados Unidos.
Numa avaliação secreta ao processo de ingerência da Rússia através de “hacking” (pirataria informática) na campanha eleitoral, nomeadamente nos servidores do Partido Democrático donde foram retirados milhares de emails divulgados nas semanas anteriores às eleições, as agências de espionagem americanas concluíram que o objectivo dessas acções foi prejudicar a campanha de Hillary Clinton e favorecer a de Donald Trump.
Dias depois, na conferência de imprensa de balanço de 2016, o Presidente cessante, Barack Obama, culpou publicamente Moscovo pelo ataque informático contra o Partido Democrata, durante o período de campanha eleitoral.
No final do ano, Barack Obama anunciou a expulsão de 35 diplomatas russos na sequência deste incidente diplomático.