O ministro da Defesa garante que os resultados dos inquéritos abertos à morte de dois militares que frequentavam o curso de Comandos vão ser públicos.
Em entrevista à RTP3, Azeredo Lopes garante que, até lá, não comenta qualquer alegada informação sobre este caso, mas quando surgirem as conclusões toda a gente vai saber quais foram.
“Evidentemente espero que essas averiguações não sejam para inglês ver – e tenho a certeza que não serão – mas para apurar as circunstâncias trágicas que levaram não só à morte de dois seres humanos como também aos restantes nove casos. Independentemente da tragédia que aconteceu, vamos saber com clareza o que aconteceu a 4 de Setembro. Haverá todo o escrutínio necessário às conclusões do processo de averiguações”, disse.
Questionado sobre a possibilidade de retirar a confiança ao Chefe de Estado-Maior do Exército quando souber o resultado das averiguações, o ministro respondeu.
“Essa conclusão absurda da perda de confiança só podia resultar de eu, pura e simplesmente, entender que as conclusões omitiam ou escondiam alguma coisa relativamente àquilo que se verificou. Tenho a certeza que isso não está em causa”.
Dos 67 formandos que iniciaram este Curso de Comandos, prosseguem apenas 30. Até ao momento 26 desistiram e nove foram eliminados do grupo. Os restantes dois acabaram por morrer depois de um treino, num dia particularmente quente.
Dois militares do 127.º curso morreram e outros nove foram hospitalizados na sequência de um treino, realizado na zona de Alcochete, a 4 de Setembro.