Vários profissionais de saúde entregaram no parlamento uma carta aberta contra a legalização da eutanásia. O documento foi entregue na comissão de assuntos constitucionais.
Os subscritores do movimento cívico STOP Eutanásia foram recebidos pelas bancadas do PS e do PCP.
Entre os mais de 100 profissionais esteve o médico António Gentil Martins. Os profissionais pedem a proteção da vida consagrada na Constituição da República, na declaração universal dos direitos do homem e no código internacional de ética médica.
No documento, a que a Renascença teve acesso, lê-se que a prática médica do dia a dia ensina que o desejo mais profundo de cada um é viver mesmo no meio das maiores dificuldades por isso – dizem os subscritores – perante o doente grave com doença terminal o comportamento deverá ser sempre o do respeito integral pela sua vida e dignidade pessoal. E que o dever dos profissionais de saúde é, por isso, garantir todas as terapias disponíveis e proporcionadas com respeito pela autonomia e vontade do doente.
Aos deputados é dito que é dever de toda a sociedade e também do legislador lutar por proporcionar todos os meios necessários para se cuidar dos mais idosos, dos doentes oncológicos, dos doentes crónicos, dos portadores de deficiência e dos doentes degenerativos.
Fica o apelo para que sejam valorizados esses meios e recursos de que atualmente o estado dispõe ao serviço dos doentes graves e terminais para que a eutanásia não tenha que ser proclamada como um direito.