O ministro da Justiça turca anunciou a detenção de 46 suspeitos do atentado bombista que causou, pelo menos, seis mortos, no domingo, na rua comercial Istiklal, em Istambul.
Entre estes suspeitos está a pessoa que alegadamente colocou o explosivo.
Já o ministro do Interior revelou que "de acordo com as investigações, a organização terrorista PKK [Partido dos Trabalhadores do Curdistão, ilegalizado] é responsável" pelo ataque, acrescentou o governante, citado pela agência de notícias oficial turca Anadolu e pelas estações de televisão locais.
Acusou também as forças curdas que controlam a maior parte do nordeste da Síria, consideradas terroristas por Ancara, de estarem por detrás do ataque. "Acreditamos que a ordem do ataque foi dada por Kobane", indicou.
Na batalha de Kobane, em 2015, as forças curdas conseguiram repelir o grupo extremista Estado Islâmico (EI). A cidade está sob controlo das Forças Democráticas Sírias (SDF), das quais as Unidades de Proteção Popular (YPG), com base no PKK, são uma componente importante.
O ataque, que ainda não foi reivindicado, deixou seis mortos e 81 feridos, metade dos quais foram hospitalizados. Todas as vítimas são de nacionalidade turca.
Fechado imediatamente depois do ataque, o acesso à rua, frequentada por residentes e turistas de Istambul, foi novamente permitido esta manhã, noticiaram os meios de comunicação social turcos.
O PKK, considerada uma organização terrorista por Ancara, mas também pelos aliados ocidentais, incluindo Estados Unidos e UE, trava uma luta armada contra o Governo turco desde meados dos anos 1980, tendo sido várias vezes acusado, no passado, de perpetrar ataques terroristas em solo turco.
Em dezembro de 2016, 47 pessoas morreram e 160 ficaram feridas num duplo ataque perto do estádio de futebol Besiktas em Istambul, reivindicado pelos Falcões da Liberdade do Curdistão (TAK), um grupo radical curdo próximo do PKK.
O PKK é também alvo regular de operações militares turcas contra bases no norte do Iraque e na Síria.