As duas centenas de obras de arte da coleção do BPN foram compradas pelo Estado, 11 anos depois da nacionalização do banco. O Ministério da Cultura confirma que amanhã vai apresentar as obras do banco, que serão integradas na chamada Coleção do Estado.
A cerimónia, que vai decorrer no Forte de Sacavém, em Loures, contará com a presença do ministro das Finanças, Mário Centeno, e da ministra da Cultura, Graça Fonseca.
A coleção ex-Banco Português de Negócios foi avaliada em mais de quatro milhões de euros. Em declarações ao Observador, a ministra Graça Fonseca confirma que o Estado adquiriu a coleção por cinco milhões e que a mesma irá para Coimbra, “onde se criará um novo polo de arte contemporânea portuguesa”.
A Coleção BPN é composta por 196 obras de arte reunidas pelo ex-Banco Português de Negócios, sendo 156 obras de artistas nacionais e 40 de artistas estrangeiros, principalmente do século XX.
No acervo do ex-BPN – de onde saiu a polémica Coleção Miró, que estava para ser vendida no estrangeiro, mas acabou por ficar em Portugal – estão obras de artistas consagrados como Paula Rego, Amadeo de Souza-Cardoso, Mário Cesariny, Rui Chafes, Eduardo Batarda e António Dacosta.
João Pedro Vale, Pedro Calapez, Carlos Calvet, Vasco Araújo, Joaquim Rodrigo, Ana Vidigal, Eduardo Nery, João Penalva, Fernando Calhau, João Vieira, Nadir Afonso, Eduardo Batarda, António Sena, José Pedro Croft, Nikias Skapinakis, João Penalva, Pedro Casqueiro, Jorge Martins e Carlos Calvet também estão representados neste acervo.