O primeiro-ministro, António Costa, afastou esta sexta-feira a imposição do uso do mecanismo de informação das pessoas que contactaram com infetados pelo novo coronavírus através de uma aplicação para telemóvel, mas admitiu que a descarregará no seu telefone.
Na conferência de imprensa do Conselho de Ministros, em resposta a uma pergunta, António Costa assegurou que o Governo não irá impor a obrigatoriedade de qualquer mecanismo de “contact tracing”, defendendo que são aplicações de uso voluntário e que não devem permitir a georreferenciação e devem respeitar o regulamento europeu de proteção de dados.
“Não como primeiro-ministro, mas como cidadão, posso dizer que, se e quando existir essa aplicação, descarregá-la-ei para o meu telemóvel e autorizarei que, se estiver infetado, as pessoas que estiverem nas minhas proximidades sejam informadas”, afirmou, considerando esta uma ferramenta de “saúde pública” que deve ser usada “sem dramas”.
Portugal contabiliza pelo menos 1.383 mortos associados à covid-19 em 31.946 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado esta sexta-feira.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 360 mil mortos e infetou mais de 5,8 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.