Um "não caso". É assim que o secretário-geral do PS apelida a questão levantada no seu debate com o líder do PSD, referente a reduções na despesa com prestações sociais não contributivas através da aplicação da condição de recursos.
Esta posição foi colocada na página oficial de Facebook da sua candidatura às eleições legislativas "Costa2015" após o debate que travou esta manhã com Pedro Passos Coelho, num 'post' intitulado "Pontos nos is".
"O que alguns comentadores consideram o 'caso do debate' que hoje mantive com o líder da coligação de direita é verdadeiramente um não caso, que esconde a verdadeira falta de boas contas dessa coligação", defendeu o líder socialista.
De acordo com o secretário-geral do PS, as prestações sociais de natureza não contributiva, "pagas com impostos, têm um valor anual de 5,7 mil milhões de euros".
"Uma redução da despesa de 250 milhões por ano vale 4%. Não inclui as pensões para as quais todos contribuímos enquanto trabalhamos", salientou na sua nota.
António Costa sustentou depois que reduzir a despesa por essa via da introdução da condição de recursos, "em sede de concertação social, é reforçar a justiça e equidade social na gestão dos impostos dos portugueses".
"Caso sério é o que propõe a coligação de direita: Um novo corte nas pensões já em pagamento de 600 milhões euros por ano e privatizar para sempre 6% da receita da segurança social. Isto sim, seria um caso sério", rematou.
Neste contexto, o líder socialista reforçou ainda que "caso é ter um candidato a primeiro-ministro [Passos Coelho] que esconde os números e que se entretém a deturpar os do PS".