O Governo mantém a intenção de continuar a baixar o IRC.
Durante esta tarde, o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, que está esta segunda-feira a defender a proposta de Orçamento do Estado para 2025, esclareceu o que o executivo da AD pretende no futuro.
"Nós mantemos como objetivo de política económica continuar a reduzir o IRC, dentro daquilo que for possível do ponto de vista do contexto político deste Parlamento", esclareceu o ministro das Finanças.
O executivo queria baixar em 2% o imposto para as empresas, mas ficou-se por 1% como cedência ao PS, que pretendia que esta medida desaparecesse do documento.
Em resposta à pergunta de Mariana Mortágua, deputada e líder do Bloco de Esquerda, Joaquim Miranda Sarmento diz que "não esconde" que o objetivo é continuar a reduzir e ir ao encontro do programa eleitoral do PSD, que é uma taxa de 15% de IRC.
O Chega vai apresentar uma proposta igual à proposta original do PSD, de redução de 2% da taxa do IRC, mas na semana passada, à Renascença, Hugo Soares, líder parlamentar do PSD, revelou que o partido vai chumbar essa proposta porque esse foi o acordo que fez para conseguir a abstenção do PS.
Perto de 340 mil empresas podem sentir descida de IRC
Questionado pelo CDS sobre o número de empresas que vão sentir a descida de 1% no IRC, o ministro das Finanças revelou que os dados mais recentes são de 2022, e que nesse ano, 344 mil empresas pagaram IRC. Dessas, 236 mil eram PME's, ou seja, pequenas e médias empresas.
[artigo atualizado às 18h51 com o número de empresas que podem vir a ser beneficiadas pela descida do IRC]