"Partimos do princípio de que o Presidente Putin não o fará, mas, se o fizer, colocarei o pacote de sanções na mesa dos ministros" europeus, advertiu Josep Borrell, no final de uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE em Bruxelas.
Entretanto, a ONU instou "todas as pessoas envolvidas a evitarem qualquer decisão ou ação unilateral que possa atentar contra a integridade territorial da Ucrânia", declarou hoje o seu porta-voz, inquirido sobre um eventual reconhecimento por Moscovo da independência das regiões separatistas ucranianas de Donetsk e Lugansk.
"Sublinhamos o nosso apelo para o fim imediato das hostilidades, para a máxima contenção por todas as partes, a fim de evitar qualquer ação e declaração que agrave ainda mais as tensões", disse também Stéphane Dujarric, defendendo que todos os diferendos devem "ser abordados através da diplomacia".
O Kremlin anunciou esta segunda-feira que o Presidente russo, Vladimir Putin, vai reconhecer a independência das duas províncias separatistas da Ucrânia, controladas por rebeldes pró-Rússia.
Putin disse aos presidentes da França e da Alemanha que tenciona assinar o decreto a reconhecer a independência em relação ao Kiev das regiões de Donetsk e Luhansk, avança o Kremlin, em comunicado.
Num discurso ao país, Vladimir Putin declarou esta segunda-feira que a Ucrânia moderna foi criada pela Rússia.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, vai reunir o seu gabinete de emergência após a decisão de Moscovo.
O Presidente russo, Vladimir Putin, declarou nas últimas horas que a Rússia enfrenta uma ameaça "grave, muito grande" na Ucrânia, num contexto de tensão crescente com o Ocidente, que acusa Moscovo de se preparar para invadir o país vizinho.