O procurador-geral de Angola, Hélder Pitta Grós, admite que a proveniência do dinheiro investido por Isabel dos Santos em Portugal é ilícita.
Em declarações feitas à RTP o procurador-geral explica que esse facto implica que as autoridades dos dois países têm uma “questão comum”.
“Angola, pelo menos, pensa que o dinheiro que foi utilizado para alguns negócios aqui de IS tenha uma proveniência ilícita, portanto foram retirados de Angola de forma ilícita, e usados em Portugal, portanto aí já há uma questão que é comum”
Em Portugal Hélder Pitta Grós reuniu com Lucília Gago, a quem pediu ajuda com as cartas rogatórias para os arguidos portugueses.
“Houve a constituição de arguidos, alguns são portugueses com residência permanente em Portugal. É necessário que sejam notificados como arguidos, para a partir daí poderem ser interrogados. Pedimos ajuda a Portugal que cumprisse essas cartas rogatórias com a maior brevidade possível”, disse.
Isabel dos Santos foi constituída arguida, em Angola, na sequência das revelações do “Luanda Leaks”. Neste momento, é suspeita de má gestão e desvio de fundos enquanto liderou a petrolífera estatal angolana Sonangol.