A Rússia avisou esta quinta-feira a União Europeia (UE) para a eventualidade represálias no caso de novas sanções dos 27 contra Moscovo.
Em causa está a recomendação do chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, que, na passada terça-feira disse que recomendaria ao Conselho Europeu a adoção de novas sanções, após uma polémica visita a Moscovo, entre os dias 4 e 6, que coincidiu com a expulsão de três diplomatas europeus acreditados na capital russa.
“Gostava de advertir os nossos parceiros europeus sobre qualquer nova iniciativa imprudente. Ela será seguida inexoravelmente, como compreendem, de uma resposta proporcionada”, afirmou a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, em conferência de imprensa.
“É absolutamente inaceitável utilizar os direitos humanos e os princípios democráticos como instrumentos geopolíticos”, acrescentou.
As relações entre a UE e a Rússia degradaram-se nos últimos anos devido a numerosos diferendos, em particular relacionados com a situação na Ucrânia, na Síria, na Líbia, mais recentemente em torno do caso Navalny.
Bruxelas apelou à libertação do opositor, detido desde o seu regresso à Rússia em 17 de janeiro após uma tentativa de envenenamento no verão passado, e condenou a repressão de manifestações pela sua libertação no final de janeiro e início de fevereiro.
Borrell deverá submeter as propostas de sanções aos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE no decurso da sua reunião em 22 de fevereiro.