O plano de reestruturação da TAP foi aprovado em Conselho de Ministros extraordinário esta madrugada. A companhia pode precisar de três mil euros milhões até 2024.
A entrega de um plano de reestruturação foi uma das condições impostas pela Comissão Europeia para autorizar um empréstimo do Estado até aos 1.200 milhões de euros, mas os apoios podem chegar até aos três mil milhões de euros ate 2024 para fazer face às dificuldades na sequência da pandemia.
O plano prevê o despedimento de 500 pilotos e 750 trabalhadores de terra, assim como a redução de 25% dos seus salários, divulgaram os sindicatos que os representam.
O Sindicato dos Pilotos de Aviação Civil (SPAC) e o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) apelaram ao Governo que negoceie com Bruxelas o adiamento da apresentação do Plano de Reestruturação da TAP, denunciando que este está baseado em previsões de mercado "completamente desatualizadas".
O grupo parlamentar do PSD informou segunda-feira que foi informado pelo Governo da intenção do Executivo de levar o plano de reestruturação da TAP a debate na Assembleia da República.
Na passada quarta-feira, centenas de trabalhadores da TAP concentraram-se em frente à Assembleia da República, em Lisboa, a pedir diálogo e transparência, no âmbito do processo de reestruturação do grupo.
A iniciativa foi promovida pelo movimento "os números da TAP têm rosto", sem qualquer ligação aos sindicatos que representam os trabalhadores da companhia aérea, na sequência de notícias sobre despedimentos e cortes salariais que têm sido anunciados.