O Presidente norte-americano, Joe Biden, quer a Rússia fora das reuniões do G20 e avisa que a NATO responderia à utilização de armas químicas na guerra na Ucrânia por parte das forças de Moscovo.
Joe Biden afirmou, no final da cimeira da NATO em Bruxelas, que, em caso de utilização pela Rússia de armas químicas na Ucrânia, a NATO irá responder, sem precisar a natureza dessa resposta, mostrando-se ainda favorável à expulsão da Rússia do G20.
"Responderemos se ele [Putin] usar [armas químicas]. A natureza dessa resposta dependerá da natureza da sua utilização", afirmou Joe Biden.
No dia em que passa um mês sobre a guerra no Leste, o líder dos EIA diz que, no lugar no G20 do país liderado por Vladimir Putin, deve sentar-se a Ucrânia (para assistir às reuniões, no mínimo), defendeu o presidente norte-americano esta quinta-feira, após o encontro com os líderes da NATO.
"A minha resposta é sim, depende do G20", disse, quando questionado por um jornalista.
Da reunião, saiu “o maior pacote de sanções algumas vez impostas a um Estado”. “A NATO nunca esteve mais unida do que está hoje. Putin está a receber exatamente o oposto do que pretendia como consequência de entrar na Ucrânia", garantiu.
No entender de Biden, as sanções contra a Rússia não vão ser suficientes – pelo menos, no curto prazo – para “parar” Putin. Por isso mesmo, apelou aos líderes europeus, “a coisa mais importante [das sanções] é mantermo-nos unidos”.
O presidente norte-americano aproveitou ainda a oportunidade para adicionar mais um descritivo a Putin: depois de já lhe ter chamado publicamente “criminoso de guerra” e “assassino”, desta vez descreveu-o como um “bruto” que permanece impávido perante “todas as vidas inocentes que se perderam” no conflito, desde que começou a 24 de fevereiro.
Aviso à China
Durante a conferência de imprensa após a cimeira da NATO, Biden revelou mais detalhes da conversa que teve como o homólogo chinês, Xi Jinping, na semana passada. E no ar deixou um aviso: um possível apoio de Pequim a Moscovo teria “claras consequências”.
Apoiar Putin, um “comportamento barbárico”, colocaria “em risco” as relações económicas entre o Ocidente e a China.
"Acho que a China percebe que o seu futuro económico está muito mais ligado ao Ocidente do que à Rússia, por isso estou esperançoso de que não se irão envolver", afirmou o Presidente norte-americano.
Biden revelou ainda que vai ser implementado um mecanismo para investigar países que possam estar a violar as sanções impostas à Rússia.
[notícia atualizada]