O autodenominado Estado Islâmico reivindicou o atentado em Nova York que fez oito mortos e 11 feridos, na terça-feira.
O presumível autor do ataque, Sayfullo Saipov, de 29 anos, natural do Uzbequistão, que investiu a carrinha contra quem passava numa ciclovia movimentada em Manhattan, foi formalmente acusado na quarta-feira de terrorismo.
Durante as investigações após o atentado, a polícia encontrou 90 vídeos e 3.800 fotos no telemóvel do autor do atentado, com inúmeras imagens do Estado Islâmico, incluindo do líder do grupo, Abu Bakr al-Baghdadi.
O Presidente dos Estados Unidos defendeu na noite de quarta-feira que o atacante deveria ser condenado à pena de morte. Donald Trump tinha já admitido enviar o “animal” - como o descreveu - para a prisão de Guantánamo. “Com certeza que vou considerar isso. Enviá-lo para Gitmo”, disse, numa conferência de imprensa, usando o diminutivo atribuído à base militar norte-americana situada em Cuba.
Primeiras mortes desde o 11 de Setembro
Saipov, que chegou aos Estados Unidos em 2010, tem carta de condução da Flórida e residência em Nova Jérsia. Segundo o jornal New York Times, trabalhava como motorista da Uber e já estaria no radar da polícia norte-americana.
Reconheceu ser o autor de uma mensagem escrita em árabe que fazia referência ao autoproclamado Estado Islâmico, encontrada, a par com uma bandeira do grupo extremista, junto da carrinha utilizada no ataque ocorrido perto do memorial do World Trade Center, durante o interrogatório no hospital, para onde foi levado depois de ter sido baleado.
Formalmente acusado de apoio a uma organização terrorista e de destruição de veículos levando à morte de pessoas, arrisca prisão perpétua se for condenado.
Apesar de o estado de Nova Iorque não prever a pena capital, tendo a prisão perpétua como pena máxima, Saipov pode ser condenado à morte num julgamento federal por terrorismo.
O ataque - o primeiro em Nova Iorque com registo de mortos desde os atentados contra o World Trade Center a 11 de Setembro 2001 - causou oito mortos, entre os quais seis estrangeiros (uma belga, cinco argentinos), e feriu onze pessoas (cinco das quais estrangeiras: três belgas, uma alemã e um argentino), que estão hospitalizadas, mas fora de perigo.