Veja também:
- Os últimos números da pandemia em Portugal e no mundo
- Todas as notícias sobre a pandemia de Covid-19
- Guias e explicadores: as suas dúvidas esclarecidas
- Boletins Covid-19: gráficos, balanços e outros números
O responsável pelo plano de vacinação contra a Covid-19 acredita que daqui a dois meses, no segundo trimestre do ano, Portugal pode estar a vacinar em média 81 mil pessoas por dia. É a estimativa feita pelo vice-almirante Gouveia e Melo, em entrevista à TVI 24.
Nestas declarações, o militar considera que os atrasos na entrega de vacinas comprometem o que estava inicialmente estabelecido, revelando que "foram contratualizados quatro milhões de vacinas" para serem entregues no primeiro trimestre e que apenas "vieram dois milhões" de doses.
Apesar disto, refere o plano está bem estruturado e sequenciado.
Sobre as irregularidades na administração das vacinas, Gouveia e Melo garante que "em cada mil vacinas administradas, houve uma que não cumpriu com as regras", deixando claro que o objetivo é que não haja qualquer uso indevido.
Ainda sobre o ritmo de vacinação, explicou que atualmente está a cerca de "22 mil vacinas por dia", mas que há capacidade para mais, dando como exemplo o caso da vacina da gripe em que foram vacinadas cerca de 60 mil vacinas por dia nos centros de saúde.
Já sobre qual será a capacidade máxima, deverá fixar-se "entre as 100 e os 150 mil vacinas por dia nos períodos normais e nos fins de semana duplicar".
Neste cenário, o responável pela task-force de vacinação antevê que o verão não será "normal" dado que o país ainda não terá atingido a imunidade grupo, mas apontou como sendo expectável que no Natal "já teremos praticamente toda a população vacinada", se não houver mais atrasos nas entregas nas doses da vacina.
Na reunião do Infarmed desta terça-feira, o vice-almirante indicou que já foram administradas 294 mil primeiras doses e 106 mil pessoas já com o esquema vacinal completo.
Em Portugal, já morreram 14.557 pessoas dos 770.502 casos de infeção confirmados de Covid-19, segundo a Direção-Geral da Saúde.