O Conselho de Ministros aprovou esta terça-feira a proposta de Orçamento do Estado para 2022.
O documento será entregue ao presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, na quarta-feira.
A proposta, que foi apresentada na segunda-feira no parlamento, recebeu críticas por parte do PSD e Chega, que temem que o corte de salários signifique o regresso da austeridade, e do Bloco de Esquerda e PCP, que afirmaram que o documento não responde às necessidade dos trabalhadores, por os salários não acompanharem a subida dos preços dos produtos.
Já a Iniciativa Liberal levantou o véu e divulgou que o Governo estima que a inflação fique "à volta dos 4%", muito acima dos 2,9% previstos no programa de estabilidade, e que, apesar disso e do cenário macroeconómico "muito diferente" que se vive, o objetivo do défice no Orçamento do Estado em 1,9% mantém-se.
Durante a tarde, o rascunho do OE2022 foi apresentado a parceiros sociais, que apontam que a proposta está demasiado focada no défice e menos no crescimento económico.
O comunicado do Conselho de Ministros desta terça-feira indica ainda que foi prolongada a situação de alerta, no âmbito da pandemia da doença Covid-19, até às 23:59h do dia 22 de abril de 2022, com as medidas em vigor a manterem-se inalteradas.