O caso do furto de armas na base militar de Tancos é “grave”, mas “teve aspectos altamente cómicos”, afirma o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, em entrevista à revista “Visão”.
Num excerto da conversa divulgado esta quarta-feira, o antigo líder do PS fala sobre a polémica que abalou o país.
Depois da maior parte do material de guerra ter sido encontrado, Ferro Rodrigues afirma que falta “apurar quem promoveu, realmente, esta situação e quem ganhou com ela".
Sobre o caso Sócrates, o presidente da Assembleia da República não encontra paralelismos com o processo Casa Pia, que atingiu o PS quando liderava o partido.
“Não tem nada que ver uma coisa com a outra, nem quero entrar por essa via de comparação de processos. Sobre a situação de José Sócrates, a única coisa que acho é que, finalmente, os dados são todos públicos, há uma acusação que foi escrita e que exista e, agora, entra-se numa fase do processo em que as partes têm o mesmo acesso à informação e terão capacidade de defender os seus pontos de vista. Vamos ver o que vai acontecer”, afirma Ferro Rodrigues.