D. Nuno Almeida é o novo bispo de Bragança-Miranda. A nomeação para o cargo foi divulgada esta sexta-feira pelo Vaticano.
Em declarações à Renascença o até agora bispo auxiliar de Braga diz que a notícia o surpreendeu, à semelhança do que já acontecera antes, “quando fui também chamado pelo bispo de Viseu e me foi perguntado se aceitava vir para Braga como bispo auxiliar. Com surpresa”.
Mas, D. Nuno encara a nomeação também com “confiança”. “Foi colocar-me diante de Jesus Cristo e dizer-lhe sim, por sentir que era um chamamento que não vinha somente de um processo administrativo da Igreja, mas era um chamamento de Jesus Cristo”.
O novo bispo admite que sentiu também “algum temor, porque conheço as minhas dificuldades e fragilidades”. Mas tem “noção dos desafios e de tudo aquilo que temos hoje em Igreja e em sociedade que enfrentar e levar por diante”.
D. Nuno Almeida afirma a sua disponibilidade "para fazer a experiência sinodal com o bom povo de Bragança-Miranda", uma diocese que não lhe é totalmente desconhecida.
“Tenho a vantagem de conhecer muitas pessoas e ter muita gente amiga lá, até pela circunstância de Viseu e Bragança, na formação dos sacerdotes, desde há alguns anos fazerem um caminho em comum com a arquidiocese de Braga”, revela.
O novo bispo diz que vai “aprender” e “conhecer” a nova diocese, que é “muito vasta, com uma história muito profunda, com uma fé madura, mas onde há de facto desafios”.
E entre os desafios e prioridades da sua nova missão, lembra o combate à desertificação e Pastoral Juvenil, “tendo em conta até o que estamos a viver de preparação da Jornada Mundial da Juventude”.
“Precisamos de pensar no pós-jornadas. Temos, por isso, de fazer um caminho em que a pastoral possa, por um lado, estar muito situada em cada comunidade, mas ao mesmo tempo, possa também seguir o ritmo que o Papa Francisco nos está a propor de tantas maneiras”.
“Vou disponível para fazer a experiência sinodal com o bom povo de Bragança-Miranda, com as pessoas que louvam o Senhor e vivem o Evangelho nas Comunidades e nos movimentos. Mas também com as pessoas de boa vontade com quem gostaria de caminhar, sem esquecer as instituições que são nossas parceiras. Vamos trabalhar na procura de um mundo mais fraterno e mais feliz”.