O Papa Francisco participou esta segunda feira na abertura do Clinton Global Initiative, sobre os desafios mais urgentes de nosso tempo, desde as mudanças climáticas às crises humanitárias que afetam migrantes, refugiados e crianças.
“Nenhum desafio pode ser enfrentado sozinho. Somente juntos poderemos curar o mundo do anonimato, da globalização da indiferença”, disse Francisco numa ligação vídeo, em direto do Vaticano.
Saudado por Bill Clinton e aplaudido longamente pelos participantes neste encontro que decorre hoje e amanhã em Nova Iorque, o Santo Padre afirmou que “é hora de encontrar a mudança da paz, a mudança da fraternidade. É hora de parar com as armas. É hora de voltar ao diálogo, à diplomacia. É hora de acabar com os desígnios de conquista e de agressão militar. É por isso que repito: não à guerra. Não à guerra!”
Sobre as alterações climáticas, Francisco sublinhou a urgência de “trabalharmos juntos, antes que seja tarde demais” e, face à atual “catástrofe ecológica”, reafirmou que vai brevemente atualizar a sua encíclica Laudato Si.
“Por favor, vamos parar enquanto há tempo”, pediu o Papa.
Francisco referiu-se também à missão e projetos do hospital pediátrico Bambino Gesù, conhecido em Roma como “o hospital do Papa”, com projetos financiados pela Fundação Clinton, que permite ajudar crianças em necessidade, nomeadamente provenientes da Ucrânia em guerra.
Mais recentemente, este hospital tratou mais de duas mil crianças ucranianas. O Santo Padre recomendou que a saúde seja acessível a todos e agradeceu o testemunho daquele sector pediátrico que combina “a grande pesquisa científica voltada para a cura de crianças e a hospitalidade gratuita para os necessitados”.