O secretário-geral da NATO afirmou esta segunda-feira que é importante que Suécia e Finlândia sejam Estados-membros “assim que possível”, mas não é objetivo “que se juntem ao mesmo tempo”, alterando o discurso sobre esta questão.
Em declarações no quartel-general da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Bruxelas (Bélgica), depois de uma reunião com os ministros da Defesa e dos Negócios Estrangeiros da Finlândia, Jens Stoltenberg felicitou a decisão da Turquia de “avançar com a ratificação” da adesão finlandesa, e da Hungria que “vai fazer a ratificação finlandesa na próxima semana”.
“Vai ser um prazer receber-vos da próxima vez como membros”, acrescentou o secretário-geral da aliança militar.
O ‘elefante na sala’ continua a ser a recusa por parte de Ancara em ratificar a adesão de Estocolmo, enquanto não houver garantias de que a Suécia vai cumprir as exigências da Turquia, nomeadamente, a extradição de 120 resistentes curdos, que o Governo de Erdogan classificou como “terroristas”.
Sobre esta matéria, Stoltenberg sublinhou que os Estados-membros da NATO “convidaram a Suécia e a Finlândia ao mesmo tempo”, no ano passado.
“Queremos que [a Finlândia e a Suécia] se tornem membros assim que possível, mas não é condição que se juntem ao mesmo tempo”, completou.
Até agora, o secretário-geral da NATO tinha apelado à ratificação dos acordos de adesão em simultâneo, mas face às imposições levantadas por Ancara, Jens Stoltenberg deixou cair esta reivindicação e concentrou-se em avançar com o processo de adesão da Finlândia.
Contudo, o responsável recordou que os dois países já beneficiam de proteção especial dos países da NATO desde que se tornaram candidatos.