Um padre e um grupo de católicos foram raptados por homens armados a caminho do funeral de um outro padre no centro do Mali, anunciaram as autoridades e a comunidade católica local.
Os raptos são algo comum no Mali, que é palco há vários anos de uma crise de insegurança, em particular no centro do país, que é um dos focos de violência jihadista e intercomunitária e criminosa que tem atingido o Sahel.
No entanto, o rapto destes cinco membros da comunidade católica no país maioritariamente muçulmano é tido um acontecimento excecional, não se sabendo quem foram os perpetradores do sequestro ou as razões para tal, segundo noticiado pela agência France-Presse.
Os raptos na área onde desapareceram tendem a ser atribuídos a jihadistas.
O grupo deslocava-se para San, na segunda-feira, para participar nas exéquias do padre local Oscar Thera, marcado para hoje.
"Esperávamo-los ontem em San", afirmou o padre Alexis Dembélé, que pertence à conferência episcopal da igreja do Mali.
As cinco pessoas foram raptadas a cerca de 30 quilómetros a norte de Segue, nas proximidades de Ouo, segundo Cleophas Tienou, um responsável da igreja de Mopti.
O governador da região de Mopti, o coronel-major Abass Dembélé, confirmou o sequestro, não tendo dado mais pormenores.
Os raptos, de malianos ou estrangeiros, é um dos aspetos da violência que afeta o Mali. As motivações são várias, desde táticas de pressão até à extorsão.