O plano de mobilidade da Jornada Mundial da Juventude é “responsabilidade do Governo” e não da Câmara Municipal de Lisboa, disse nesta quarta-feira o presidente da autarquia, Carlos Moedas.
Questionado à saída de um evento na Fundação Gulbenkian sobre o plano que ainda não foi apresentado, o autarca descartou qualquer responsabilidade na matéria, já que não se trata de uma tarefa da autarquia.
“Nós sabemos muito bem aquilo que cada um faz e temos a certeza daquilo que fazemos e as decisões estão a ser tomadas”, referiu Moedas.
Não querendo adiantar mais pormenores, o autarca salientou: “Aquilo que eu faço, decido rapidamente” e “tenho decidido nos últimos dias, tenho trabalhado dia e noite e vamos continuar.”
O plano de mobilidade é um dos documentos mais importantes para o planeamento da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que se realizará em Lisboa de 1 a 6 de agosto deste ano.
Apesar de o evento estar agendado desde 2019, só em dezembro passado é que o Governo adjudicou a elaboração do plano de mobilidade. A empresa escolhida foi a VTM – Consultores em Engenharia e Planeamento – sendo que, segundo o contrato, o prazo de execução é de 212 dias.
Sem plano, a organização da JMJ fica impossibilitada de avançar nalguns aspetos, um deles o planeamento do alojamento e transporte dos jovens que vão participar nas catequeses que se realizarão em vários pontos da cidade.
Por outro lado, trata-se de um documento fundamental para a elaboração do plano de segurança da JMJ, que também é da responsabilidade do Governo, já que, para isso, é preciso saber, de antemão, onde vão estar os jovens e por onde vão ser orientados os milhares de padres, as centenas de bispos e outros convidados que vão participar na celebração final.