A GNR remeteu para a Polícia Judiciária a investigação do caso de disparos de uma arma de fogo denunciado por uma pessoa que afixava cartazes eleitorais pelo CDS-PP, na noite de sexta-feira em Palmela.
Em comunicado, a Guarda Nacional Republicana explica que pelas 22h20 recebeu uma denúncia via 112, que dava conta de disparos de uma arma de fogo por dois indivíduos que se faziam transportar num motociclo.
A denúncia telefónica terá sido feita por um trabalhador de afixação de cartazes eleitorais que se encontrava a laborar no local, e posteriormente pelo alegado proprietário de uma habitação.
O CDS-PP comunicou este sábado que a candidata do partido à Junta de Freguesia de Palmela, Setúbal, foi surpreendida na noite de sexta-feira por um tiroteio, quando se encontrava a colocar material publicitário.
Ao que a Renascença apurou, o disparo dos tiros – efetuados por dois indivíduos que se faziam transportar numa moto - não teriam como objetivo intimidar o grupo de militantes centristas que colocavam cartazes numa rua perpendicular. No entanto, a investigação ainda está a decorrer e não está fechada essa conclusão.
O presidente do partido, Francisco Rodrigues dos Santos, reagiu à notícia este sábado, afirmando que o tiroteio foi um "atentado contra a democracia perpetrado por forças que são altamente extremistas e que devem merecer o repúdio e a censura de todos os partidos democráticos".
Segundo a GNR, foi feita inspeção do local na tentativa de recolher qualquer vestígio tendo os factos, pela natureza do crime, sido comunicados à Polícia Judiciária, que detém a competência para investigação.
Aa autoridades também asseguraram à agência Lusa que na inspeção ao local não foram encontrados quaisquer indícios de causalidade entre os disparos e a afixação de cartazes eleitorais por parte da candidata.
Relativamente a estes factos, adianta a GNR, foi recebida uma queixa no Posto de Palmela e foi elaborado Auto de Notícia.
Em comunicado, o CDS explicou que, por volta das 22h30, Linda Oliveira encontrava-se a colocar uma faixa publicitária relativa às eleições autárquicas marcadas para o dia 26, na Avenida dos Caminhos de Ferro, quando "foi apanhada no meio de um tiroteio".
Segundo o relato, "uma mota sem matrícula e sem luzes, com dois indivíduos todos vestidos de preto, aproximou-se do grupo de candidatos" e terá disparado "dois tiros em direção aos presentes".
"Não satisfeitos, depois de passarem pela candidata, voltaram a disparar mais dois tiros, acertando numa vivenda ao lado, assustando os residentes, que se atiraram para o chão", lê-se no comunicado.
[Notícia atualizada às 21h15]