O Presidente da República afirmou, esta segunda-feira, que vai aguardar para ver se as recentes reivindicações de classes profissionais têm impacto no Orçamento do Estado (OE) para 2018 e prometeu não esquecer este assunto quando analisar a sua promulgação.
No final de uma visita ao Hospital Dona Estefânia, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado sobre o acordo entre o Governo e os professores no que respeita a descongelamento de carreiras com efeitos retroactivos, e sobre reivindicações semelhantes de outras classes profissionais.
"O Presidente da República quer ver primeiro o teor efectivo do que foi acordado, e se tem alguma incidência no Orçamento para 2018. Portanto, não vale a pena antecipar juízos e cálculos - já vi cálculos e montantes muito variados. Vale a pena esperar pela versão definitiva do Orçamento e depois ver efectivamente o que lá ficou", respondeu o chefe de Estado.
"Veremos se alguns processos reivindicativos têm incidência no Orçamento, pode ser que não", reforçou.
Interrogado, depois, se não teme que se tenha aberto a "caixa de Pandora" e que se agrave a contestação social, Marcelo Rebelo de Sousa declarou: "Ora aí está um tema que, porventura, será bom para o Presidente da República se pronunciar quando tiver de analisar a promulgação do Orçamento. Aí está, fica a sugestão, que acho uma boa sugestão".
"Como eu tenho o hábito de explicar a minha posição sobre os orçamentos, se for caso disso, eu não me esquecerei dessa sugestão", prometeu.