Só nas primeiras 24 horas após estar disponível, o primeiro episódio da última temporada da série “A Guerra dos Tronos” foi visto ilegalmente 55 milhões de vezes, sendo 12,2% através de downloads e 11,3% via torrents. A denúncia surgiu por parte da empresa de cibersegurança Kaspersky, que alerta também que os filmes ilegais e os downloads de séries são frequentemente utilizados como disseminadores de malware.
Mas os fãs de “A Guerra dos Tronos” correm um risco ainda maior: em 2018, a série foi responsável por 17% de todo o conteúdo pirata infetado em todo o mundo, atacando 20.934 utilizadores.
“A nossa análise demonstra claramente que os distribuidores de malware exploram programas de TV com uma grande procura em sites pirateados”, alerta Anton Ivanov, Investigador de Segurança da Kaspersky. E lembra, Ivanov: “Em geral, são dramas ou séries de ação promovidas ativamente. Os primeiros e últimos episódios, que atraem o maior número de espetadores, provavelmente estarão em maior risco de falsificação maliciosa. Os hackers tendem a explorar a lealdade e a impaciência das pessoas e podem prometer conteúdos novos para download que, na verdade, são uma ameaça cibernética”.
Para evitar ser vítima de programas maliciosos disfarçados de séries de TV, a Kaspersky deixa três recomendações: 1) utilizar serviços legítimos de reputação comprovada para produzir e distribuir conteúdo televisivo; 2) estar atento à extensão do conteúdo descarregado – mesmo os episódios de séries de TV provenientes de uma fonte que se considera legítima e de confiança, devem ter a extensão .avi, .mkv ou mp4, ao invés de .exe (arquivo executável); 3) estar atento à autenticidade dos sites – só se deve aceder a sites ‘https’ e, antes mesmo de iniciar o download, verificar sempre se o site é genuíno, conferindo o formato do URL e a ortografia do nome da empresa.