O Governo venezuelano proibiu a entrada de encomendas desde o estrangeiro e ordenou que seja limitado o envio de produtos e documentos (correspondência) para outros países, avança a imprensa venezuelana.
"Desde há aproximadamente uma semana que o Governo (venezuelano) ordenou aos 'couriers', entre eles DHL, Fedex, Zoom e MRW, que suspendam o serviço de encomendas do estrangeiro para a Venezuela, enquanto que os envios internacionais estão restringidos", diz o diário venezuelano El Nacional.
Segundo o jornal, o presidente da DHL Express Venezuela, César Ramírez, assegurou que a empresa pretende "continuar a prestar o serviço de importação e exportação" na Venezuela.
No entanto chama a atenção que DHL Bogotá (Colômbia) enviou, a 16 de Junho último, um comunicado aos clientes informando que "devido à difícil situação política na Venezuela, o (seu) voo Bogotá - Caracas - Bogotá, foi suspenso, pelo que as importações e exportações estão suspensas até novo aviso".
Citando um empregado da empresa, o El Nacional precisa que diariamente quatro aviões da DHL aterravam com carga procedente do Panamá, que depois era distribuída a outras ilhas das Caraíbas (Puerto Espanha, Barbados, Aruba e Santo Domingo), porque "a Venezuela é um centro de recolha da empresa e com esta contingência os aviões estão a ser desviados para o Curaçao".
A medida, segundo o jornal, está a afectar ainda operadoras como a Liberty Express, que dependiam dos serviços da DHL.
Desde há algum tempo que as autoridades venezuelanas proibiam a importação ou exportação de produtos cujo conteúdo fosse "contrário à moral e bons costumes ou de tráfico ilícito".
No entanto, mais recentemente, outros produtos tinham sido incluídos na lista de materiais proibidos, entre eles os medicamentos.