O secretário-geral adjunto do PS, João Torres, acusou este domingo o presidente do PSD de fazer oposição de forma “absolutamente deplorável”, apontando que Luís Montenegro usa as consequências da guerra na Ucrânia como “arma de arremesso político”.
Esta crítica do “número dois” da direção dos socialistas foi transmitida na sua conta na rede social Twitter, em reação à intervenção proferida pelo líder do PSD, no sábado, em Lisboa, durante a Cimeira Ibérica da Juventude – iniciativa promovida pela Juventude Social Democrata (JSD) e pelas Nuevas Generaciones (NNGG), a organização jovem do Partido Popular espanhol.
O presidente do PSD defendeu que as contas públicas certas não são “o fim da política”, mas “um instrumento, um pressuposto” da ação governativa, acusando o PS de estar a deixar “o país e os portugueses piores”, e afirmou que a entidade em Portugal que mais impostos extraordinários “exorbitantes” cobrou aos portugueses “foi o Estado socialista”.
Para o secretário-geral adjunto do PS, esta forma de Luís Montenegro fazer oposição “já não é apenas matreira, é absolutamente deplorável”.
“Vivemos um tempo de guerra e a escolha do líder do PPD/PSD é clara: usá-la como arma de arremesso político. Perante adversários que deveriam ser comuns, a guerra e a inflação, Luís Montenegro escolheu outro caminho, com demagogia sem limites”, escreveu João Torres.
O dirigente socialista contrapôs, depois, que o peso dos impostos no PIB (Produto Interno Bruto) é atualmente inferior ao de 2015.
“Invocar a carga fiscal, que considera o peso das contribuições para a Segurança Social, porque hoje há mais e melhor emprego, é atirar areia para os olhos dos portugueses”, advogou o secretário-geral adjunto do PS.