Numa sala de imprensa cheia, na sede do partido, este sábado, Nuno Melo entrou e disse: “Hoje não começa a última batalha de um CDS perdido. Hoje começa a primeira batalha do CDS renascido”.
O eurodeputado admite que o caminho para ser percorrido é longo e reconhece um cenário atual difícil para os centristas. “Estamos obviamente chocados em perceber que o CDS não está na Assembleia da República”.
Ainda assim, Nuno Melo não vira a cara. “Tenho um otimismo realista. Sei exatamente o chão que estou a pisar”. E por isso, atira: “Sou candidato à presidência do CDS no próximo congresso”. Ao lado, surgiram figuras do partido como Telmo Correia, João Gonçalves Pereira, Nuno Magalhães ou Pedro Mota Soares.
“Enquanto acreditarmos e aqui estivermos, o CDS não acabou”, afirma Nuno Melo, que foi vice-presidente do partido durante a liderança de Assunção Cristas. Para argumentar, o centrista defende que o partido deixou um vazio no Parlamento. “ Se a IL se quer sentar entre o PS e o PSD. O Chega quer sentar-se à direita do próprio regime. Há um espaço para lá do PSD. Esse espaço é nosso e temos de lá voltar”.
Para voltar, o CDS tem de fazer um caminho de quatro anos sem representação parlamentar e conseguir eleger deputados nas próximas legislativas. Para isso, o eurodeputado pede uma “reconcialização” entre os membros do partido. “Não há mais espaço para zangas, tribalismos ou ajustes de contas”, atira Nuno Melo.
Mas além do desafio eleitoral, o eurodeputado admite as dificuldades financeiras. O CDS tem uma dívida de cerca de 700 mil euros que pode obrigar o partido a sair da tradicional sede do “Caldas” em Lisboa, onde paga atualmente uma renda mensal de 1200 €.
Nuno Melo não ignora o desafio. “Temos de o superar. Há pessoas que têm hoje o seu emprego em risco”. Para amenizar a situação, o eurodeputado anunciou que não vai “receber um cêntimo do CDS” nos próximos dois anos. “Sinto que estou a cumprir com a minha obrigação”, defende o agora candidato.
A nível programático, Nuno Melo acredita que é necessária uma reflexão. O eurodeputado acredita que o partido não deve deixar a sua génese “conservadora”, mas deve abraçar novas causas para agarrar novos eleitores. “O CDS tem de se adaptar à realidade, por muito que nos orgulhemos da nossa história”.
No concreto, Nuno Melo acredita que o CDS tem de começar a abrir-se a causas ambientais, que considera serem essenciais para conquistar o eleitorado mais jovem. Diz o centrista que quem não as defende, “não terá um voto das novas gerações”. O eurodeputado acredita que essas matérias “não são de esquerda”, e projeta-as como essenciais no caminho ideológico do partido.
Nuno Melo alertou ainda para o problema da igualdade de género, e dá o exemplo dos seus filhos, que têm a mesma idade. O candidato considera inaceitável que a sua filha venha a receber apenas “78%” do salário do filho, se desempenharem as mesmas tarefas. “CDS tem de estar na linha da frente nesta matéria. Isto é ter sentido de decência”.
Nuno Melo coloca-se assim na corrida à liderança para suceder a Francisco Rodrigues dos Santos, depois de o CDS perder pela primeira vez a representação parlamentar em democracia. O congresso do partido, onde vai ser votado o próximo presidente do partido, vai acontecer nos próximos dias 2 e 3 de abril, em local ainda a definir.
Nuno Melo não ignora o desafio. “Temos de o superar. Há pessoas que têm hoje o seu emprego em risco”. Para amenizar a situação, o eurodeputado anunciou que não vai “receber um cêntimo do CDS” nos próximos dois anos. “Sinto que estou a cumprir com a minha obrigação”, defende o agora candidato.
A nível programático, Nuno Melo acredita que é necessária uma reflexão. O eurodeputado acredita que o partido não deve deixar a sua génese “conservadora”, mas deve abraçar novas causas para agarrar novos eleitores. “O CDS tem de se adaptar à realidade, por muito que nos orgulhemos da nossa história”.
No concreto, Nuno Melo acredita que o CDS tem de começar a abrir-se a causas ambientais, que considera serem essenciais para conquistar o eleitorado mais jovem. Diz o centrista que quem não as defende, “não terá um voto das novas gerações”. O eurodeputado acredita que essas matérias “não são de esquerda”, e projeta-as como essenciais no caminho ideológico do partido.
Nuno Melo alertou ainda para o problema da igualdade de género, e dá o exemplo dos seus filhos, que têm a mesma idade. O candidato considera inaceitável que a sua filha venha a receber apenas “78%” do salário do filho, se desempenharem as mesmas tarefas. “CDS tem de estar na linha da frente nesta matéria. Isto é ter sentido de decência”.
Nuno Melo coloca-se assim na corrida à liderança para suceder a Francisco Rodrigues dos Santos, depois de o CDS perder pela primeira vez a representação parlamentar em democracia. O congresso do partido, onde vai ser votado o próximo presidente do partido, vai acontecer nos próximos dias 2 e 3 de abril, em local ainda a definir.