Foram recolhidas cerca de 800 toneladas de alimentos no primeiro dia da campanha de recolha de donativos para os Bancos Alimentares contra a Fome. O balanço foi avançado à Renascença por Isabel Jonet.
A presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares admite que a subida dos preços está a ter algum impacto no tipo de produtos doados. “As pessoas dão mais massa do que arroz, porque é mais barata, e dão menos atum. Também há menos enlatados, porque não há alumínio que vinha das geografias que estão em guerra”, explicou.
Quanto aos pedidos de ajuda, Isabel Jonet assinala que há mais pessoas em dificuldades. “Temos registo de registo de que há mais famílias que não conseguem ter comida na mesa todos os dias e chegar até ao fim do mês, porque houve um acréscimo evidente no preço dos produtos básicos e no preço de energia”, justifica.
Mas, também as instituições que servem refeições – seja nos lares, nas creches ou no apoio domiciliários - enfrentam a inflação. “Pois têm que acomodar este acréscimo de preços e ainda não tiveram alteração nos acordos existentes com a Segurança Social.”
A recolha de alimentos promovida pelos Bancos Alimentares regressou no sábado aos supermercados, numa campanha que prossegue hoje, envolvendo cerca de 40 mil voluntários.
Para participar na campanha basta aceitar um saco do Banco Alimentar, fornecido por voluntários credenciados, e colocar no mesmo produtos que não sejam perecíveis, de preferência conservas, massas, arroz, leite, entre outros, para ajudar as pessoas e famílias mais carenciadas.
Em paralelo, as pessoas podem ainda contribuir até 5 de junho, através da campanha "Ajuda de Vale", com vales disponíveis em todos os supermercados, cada um com um código de barras específico, correspondente ao alimento selecionado para doação, cujo valor é acrescentado no ato do pagamento, ou no site alimentestaideia para uma doação online.