Subiu para 93 o número de mortes causadas pelos incêndios em Maui, no Havai. Em comunicado, o município confirma que duas vítimas mortais estão identificadas. Este é o incêndio mais mortífero na história dos Estados Unidos da América no último século.
De momento, decorrem buscas com cães. Em conferência de imprensa este domingo, o comandante da Polícia de Maui, John Pelletier, disse que os cães cobriram apenas 3% do território. Josh Green, governador do Havai, lembra que o número de mortes vai aumentar à medida que progridam as buscas.
Os bombeiros continuam a apagar focos de incêndios que estão ativos em Lahaina e no interior de Maui. Outros incêndios na ilha já se encontram resolvidos ou em resolução.
Mais de 1400 pessoas foram encaminhadas para centros de acolhimento de emergência. Centenas de pessoas continuam desaparecidas, mas as autoridades não conseguem precisar um número.
Os oito membros da comunidade portuguesa que estavam incontactáveis estão a salvo. Contudo, uma lista de desaparecidos contem apelidos de origem portuguesa e não é possível identificar se há lusodescendentes entre os desaparecidos.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros português ainda não tinha recebeu qualquer pedido de apoio de cidadãos com dupla nacionalidade ou lusodescentes no Havai.
No centro de acolhimento, estão a ser distribuídos bens essenciais como comida e água e ações de recolha de bens alimentares, produtos de higiene e roupa já começaram e movimentam residentes. Cerca de 180 pessoas obtiveram documentos de identificação provisórios nos centros de evacuação e emergência.
A eletricidade já foi restituída em alguns pontos da ilha e duas bombas de gasolina reabriram. Contudo, permanece o aviso sobre o consumo de água em certas zonas de Kula e Lahaina.
Até 11 de agosto, arderam 850 hectares. Cerca de 2200 estruturas foram parcialmente ou totalmente destruídas. Destas, 86% são residenciais. O custo estimado para a reconstrução da área ardida é de 5.5 mil milhões de dólares.