O antigo governante malaio, Muhyiddin Yassin, foi acusado de corrupção e branqueamento de capitais esta sexta-feira.
O caso remete para os fundos públicos destinados ao combate à pandemia da Covid-19 que o ex-primeiro-ministro alegadamente desviou entre 2020 e 2021.
Yassin, de 75 anos, é o líder do Bersatu, partido político que faz oposição a Anwar Ibrahim, o atual primeiro-ministro. Para os seus apoiantes, a investigação é apenas uma tentativa de o desacreditar antes das eleições gerais de julho.
As acusações de corrupção referem que Muhyiddin Yassin alegadamente recebeu 232,5 milhões de ringgit (48,5 milhões de euros) em subornos para o Bersatu. Os cúmplices no alegado crime seriam empresas que receberam tratamento preferencial para projetos financiados pelos fundos públicos.
É também acusado de branqueamento de capitais no valor de 195 milhões de ringgit (40,8 milhões de euros), recebidos também pelo partido.
O antigo governante declarou-se inocente de todas as acusações, após ter sido detido para interrogatório, na quinta-feira, pela Comissão Anticorrupção da Malásia.
Muhyiddin Yassin foi libertado sob fiança, contra a entrega do passaporte, e deverá ser levado a julgamento.