O Governo iraniano acusa Washington de "sabotagem diplomática", depois dos Estados Unidos terem acusado Teerão de ser responsável pelos ataques de quinta-feira contra petroleiros no mar de Omã.
"O facto de os Estados Unidos aproveitarem imediatamente a oportunidade para lançar alegações contra o Irão, [sem] provas fundamentadas ou circunstanciais, prova que [Washington e os seus aliados árabes] passaram para o plano B: o de sabotagem diplomática", escreveu na rede social Twitter o chefe da diplomacia iraniana, Mohammad Javad Zarif.
O Governo iraniano acusa Washington de "sabotagem diplomática", depois dos Estados Unidos terem acusado Teerão de ser responsável pelos ataques de quinta-feira contra petroleiros no mar de Omã.
"O facto de os Estados Unidos aproveitarem imediatamente a oportunidade para lançar alegações contra o Irão, [sem] provas fundamentadas ou circunstanciais, prova que [Washington e os seus aliados árabes] passaram para o plano B: o de sabotagem diplomática", escreveu na rede social Twitter o chefe da diplomacia iraniana, Mohammad Javad Zarif.
Numa nota divulgada esta manhã, Teerão já tinha rejeitado qualquer responsabilidade e alertado para o "comportamento maligno" dos EUA que tinham classificado os ataques como "mais um exemplo das atividades desestabilizadoras do Irão na região".
"Acusar o Irão de acidentes suspeitos e infelizes envolvendo petroleiros é aparentemente a coisa mais fácil para [Mike] Pompeo [chefe da diplomacia norte-americana] e para as autoridades norte-americanas", declarou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Moussavi, em comunicado.
Dois petroleiros, norueguês e japonês, foram na quinta-feira alvo de um ataque no mar de Omã, em pleno Golfo, uma região já sob tensão devido à crise entre os Estados Unidos e o Irão.
No mesmo dia, Mohammad Javad Zarif considerou suspeito os ataques terem coincidido com a visita histórica do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, ao Irão.
"A palavra suspeita não é suficiente para descrever" esses "ataques" contra dois petroleiros "ligados ao Japão que ocorreram enquanto o primeiro-ministro [japonês] se reunia" com o líder supremo iraniano em Teerão", escreveu no Twitter.
A visita de Abe é a primeira de um chefe de Governo japonês desde a revolução islâmica de 1979 e a primeira de um líder de um país do G7 desde que o Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou o abandono dos EUA do acordo nuclear.
Tripulação viu “objeto no ar”
A tripulação a bordo do petroleiro japonês disse ter visto "um objeto no ar" em direção ao navio.
"Os marinheiros dizem que o barco foi atingido por um objeto voador, eles viram com seus próprios olhos", disse Yutaka Katada, CEO da Kokuka Sangyo, acrescentando ter recebido um relatório "de que algo tinha voado para o navio e que depois ocorreu uma explosão.
Katada disse na quinta-feira que o navio, que transportava metanol, aparentemente sofreu dois ataques. Após o primeiro, "os marinheiros manobraram para tentar fugir, mas o barco foi novamente alvejado três horas depois", descreveu.