A "teoria do poço" para pedir maioria absoluta sem o dizer
26-05-2018 - 13:28
 • Paula Caeiro Varela , Raul Santos

O deputado diz que a solução do Governo "funciona", mas defende a "reafirmação do espaço político" e o "reforço do PS".

O deputado Ascenso Simões subiu, este sábado, ao púlpito do Congresso da Batalha para defender a aposta na maioria absoluta do PS, ainda que não tenho utilizado essa expressão.

Assumindo-se como inicialmente "céptico" da solução encontrada em 2015 para a formação do Governo, Ascenso Simões elogiou Costa por ter "transformado uma solução governativa impossível numa solução bem sucedida" e mostrou-se convicto de que tudo "vai continuar a funcionar até ao fim da legislatura".

Apesar desta convicção, o deputado lembrou os exemplos do passado - "sabemos como saímos bloco central" e, antes, "como saímos da coligação com o CDS" - para defender a "reafirmação do espaço político" do partido e o "reforço do PS".

Para Ascenso Simões, o caminho não passa, necessariamente,e por alianças à esquerda nem à direita, onde estão o PSD com o qual "é impossível uma solução", e o CDS, "atualmente, um partido infantil".

Da intervenção do antigo secretário de Estado de Costa no Ministério da Administração Interna ficou, ainda, uma história desses tempos, a "teoria do poço".

"Quando não havia uma solução para um problema, o António Costa encontraria uma solução", disse, concluindo que o actual líder e primeiro-ministro "tem sempre solução quando todos estão no fundo do poço", mesmo que para isso "perca uma perna, um braço ou uma orelha".