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Portugal Continental entra, esta terça-feira, em situação de contingência, para fazer face à pandemia de Covid-19. As medidas, anunciadas pelo Governo na semana passada, estarão em vigor até 30 de setembro.
As novas regras impõem limites a nível de ajuntamentos, funcionamento dos estabelecimentos comerciais, lares e escolas.
Em declarações à Renascença, o subintendente da PSP, João Ramos, promete que a polícia estará bem presente nesta nova fase, apostando, numa primeira parte, numa atuação mais preventiva e pedagógica.
“Estaremos mais visíveis e mais presentes junto aos transportes públicos, junto às escolas, também, porque o ano letivo está a começar, e em todos os locais onde, por força das circunstâncias, seja previsível que haja maiores aglomerados de pessoas”, explica o subintendente, que refere ainda que as autoridades dedicarão “uma atenção especial para o cumprimento de horários de funcionamento e também para a questão da venda de bebidas alcoólicas”.
Em Portugal continental, os ajuntamentos passam a estar limitados a dez pessoas, exceto quando pertencentes ao mesmo agregado familiar, na via pública e em estabelecimentos. Passa também a ser proibida a venda de bebidas alcoólicas nas estações de serviço e, a partir das 20 horas, em todos os estabelecimentos, incluindo supermercados e hipermercados (salvo em refeições).
A polícia assegura que não deixará de atuar perante o incumprimento das regras definidas pelo Governo e pela DGS, especialmente para garantir que são cumpridas as ordens de confinamento.
“Na parte da fiscalização e da intervenção policial, teremos também uma forte atenção às pessoas que violem o confinamento obrigatório a que estão obrigadas pelas autoridades de saúde. Nestes casos, a PSP terá que intervir e proceder à detenção dessas pessoas”, remete João Ramos.
O subintendente da PSP deixa ainda um apelo aos cidadãos para que “cumpram as recomendações da DGS, bem como as indicações que forem emitidas pela polícia".
“A PSP está sempre disponível para apoiar a população, bem como para acolher todas as denúncias que possam existir, no caso de pessoas que se encontrem em violação do confinamento obrigatório”, remata.
Portugal volta, assim, a andar “à mesma velocidade”, com medidas uniformes para todo o território continental, tal como anunciado a 27 de agosto.
Na última semana, António Costa pediu aos portugueses que sejam “muitíssimo disciplinados” a cumprir regras . Voltar a uma situação de confinamento "é um não cenário", porque o país não a suportaria, avisou o primeiro-ministro.
Antes, na segunda-feira, à entrada para a reunião que marcou o regresso dos encontros entre especialistas, políticos e parceiros sociais para analisar a situação epidemiológica de Covid-19, Costa alertou que Portugal vai entrar “numa fase crítica” devido à conjugação de três fatores: mudança de estação (chegada do Outono/Inverno), início do ano letivo e recomeço de muitas atividades.