A Federação Nacional de Educação marcou nova greve de professores para 8 de janeiro. A partir da próxima quarta-feira, a FNE junta-se às greves por distritos inicialmente convocadas por outras oito organizações sindicais.
A hipótese já havia sido avançada à Renascença pelo secretário-geral da organização, João Dias da Silva. Em causa, explicou o dirigente, estão as soluções apresentadas pelo ministro João Costa que, em alguns casos, agravam "a precariedade e instabilidade" dos professores.
"Todas estas greves da FNE são mais uma prova de que a federação está completamente em consonância com as justas reivindicações dos educadores e professores portugueses que, apesar da falta de medidas de reconhecimento e de valorização da tutela, continuam a prezar e a dignificar a profissão que abraçaram", lê-se no comunicado da federação.
Na mesma nota, a federação apontou o dedo ao ministério de João Costa por ter sido "de trazer para a mesa da negociação propostas concretas de valorização da carreira docente e do tempo de serviço prestado".
Já esta terça-feira, a FNE tinha endereçado um parecer negativo em relação às sugestões do Governo, apresentadas em reunião com os sindicatos na semana passada, embora o secretário-geral da organização tenha reconhecido que algumas das propostas para o regime de recrutamento e mobilidade sejam positivas.
"O Ministério não responde às questões essenciais de valorização da carreira e, em termos de concursos, em algumas circunstâncias agrava a instabilidade e a precaridade. Portanto, é um sinal bastante negativo", frisou Dias da Silva.
A FNE entregou pré-avisos para cinco dias, a partir de 1 de fevereiro. Para essa data, está marcada uma paralisação para o distrito de Santarém, seguindo-se Setúbal, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu.
A 8 de fevereiro, em vez de se juntar à greve no distrito do Porto, que encerra os 18 dias de paralisação, a FNE realiza antes uma greve nacional.
[Notícia atualizada às 13h00 com comunicado da FNE]