Documentos desclassificados mostram um Bin Laden focado nos EUA
20-05-2015 - 17:00
Para o chefe da rede terrorista, a Al-Qaeda devia promover ataques espectaculares contra os Estados Unidos, à semelhança dos atentados do 11 e Setembro de 2001.
Vários documentos, agora desclassificados, revelam que Osama Bin Laden pediu sempre aos seus apoiantes, incluindo no seu refúgio de Abbottabad, para permanecerem focados em ataques contra os Estados Unidos.
"A prioridade deve ser matar e combater os americanos e os seus representantes", escreve Bin Laden num dos documentos encontrados na residência de Abbottabad, no Paquistão, onde permanecia escondido até ao assalto das forças especiais norte-americanas a 2 de Maio de 2011, que então reivindicaram a sua morte.
Bin Laden considerava que a Al-Qaeda devia promover ataques espectaculares contra os Estados Unidos, à semelhança dos atentados do 11 e Setembro de 2001, e não contra os regimes do Médio Oriente. "Devemos terminar as operações contra o exército e a polícia em todas as regiões, especialmente no Iémen", escreveu numa carta. A prioridade devia ser "atacar a América para forçá-la a abandonar" os regimes do Médio Oriente e "deixar os muçulmanos tranquilos", acrescentou.
Os textos disponibilizados pela administração norte-americana revelam o estado de espírito do chefe histórico da Al-Qaeda, as suas reflexões tácticas, a sua ansiedade face aos serviços de informações ocidentais ou a sua grande atenção para a imagem pública da rede terrorista.
No total, foram desclassificados cerca de 100 documentos pelos serviços de informações dos EUA e com acesso e conhecimento exclusivo garantido pela agência noticiosa AFP.
O Presidente Barack Obama apelou a "uma maior transparência" em torno dos documentos confiscados no Paquistão e o Congresso votou uma lei que obriga os serviços de informações a examinar quais os documentos que podem ser divulgados, recordou Jeff Anchukaitis, porta-voz da Direcção Nacional de Informações (DNI).
No entanto, não foi possível verificar de forma independente a origem dos documentos nem a qualidade da tradução.
A desclassificação ocorreu pouco após a publicação de um artigo do jornalista de investigação Seymour Hersh, pondo em causa a versão oficial da morte de Bin Laden. No entanto, o porta-voz da CIA, Ryan Trapani, indicou que este processo tinha começado há alguns meses e não pode ser considerado uma resposta ao artigo.
Através de cartas, rascunhos, memorandos ou directivas, os documentos analisados permitem entender diversas preocupações, da estratégia ao quotidiano. Consciente dos riscos dos ataques de drones norte-americanos sobre os quadros da organização, Bin Laden pedia para não comunicarem por email, não se reunirem em grupos importantes, e inquietava-se pelo risco de serem colocados detectores electrónicos nos vestidos da sua mulher.
"A prioridade deve ser matar e combater os americanos e os seus representantes", escreve Bin Laden num dos documentos encontrados na residência de Abbottabad, no Paquistão, onde permanecia escondido até ao assalto das forças especiais norte-americanas a 2 de Maio de 2011, que então reivindicaram a sua morte.
Bin Laden considerava que a Al-Qaeda devia promover ataques espectaculares contra os Estados Unidos, à semelhança dos atentados do 11 e Setembro de 2001, e não contra os regimes do Médio Oriente. "Devemos terminar as operações contra o exército e a polícia em todas as regiões, especialmente no Iémen", escreveu numa carta. A prioridade devia ser "atacar a América para forçá-la a abandonar" os regimes do Médio Oriente e "deixar os muçulmanos tranquilos", acrescentou.
Os textos disponibilizados pela administração norte-americana revelam o estado de espírito do chefe histórico da Al-Qaeda, as suas reflexões tácticas, a sua ansiedade face aos serviços de informações ocidentais ou a sua grande atenção para a imagem pública da rede terrorista.
No total, foram desclassificados cerca de 100 documentos pelos serviços de informações dos EUA e com acesso e conhecimento exclusivo garantido pela agência noticiosa AFP.
O Presidente Barack Obama apelou a "uma maior transparência" em torno dos documentos confiscados no Paquistão e o Congresso votou uma lei que obriga os serviços de informações a examinar quais os documentos que podem ser divulgados, recordou Jeff Anchukaitis, porta-voz da Direcção Nacional de Informações (DNI).
No entanto, não foi possível verificar de forma independente a origem dos documentos nem a qualidade da tradução.
A desclassificação ocorreu pouco após a publicação de um artigo do jornalista de investigação Seymour Hersh, pondo em causa a versão oficial da morte de Bin Laden. No entanto, o porta-voz da CIA, Ryan Trapani, indicou que este processo tinha começado há alguns meses e não pode ser considerado uma resposta ao artigo.
Através de cartas, rascunhos, memorandos ou directivas, os documentos analisados permitem entender diversas preocupações, da estratégia ao quotidiano. Consciente dos riscos dos ataques de drones norte-americanos sobre os quadros da organização, Bin Laden pedia para não comunicarem por email, não se reunirem em grupos importantes, e inquietava-se pelo risco de serem colocados detectores electrónicos nos vestidos da sua mulher.