O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, transmitiu ao seu homólogo russo, Vladimir Putin, o seu desejo de que a guerra na Ucrânia "termine o mais depressa possível".
Nesta conversa, que a presidência turca divulgou através de uma declaração publicada na sua conta do Twitter, foram igualmente discutidas questões relacionadas com a energia, a luta contra o terrorismo e o acordo para a exportação de cereais a partir de portos ucranianos.
Erdogan falou a Putin do seu "sincero desejo" de um acordo para pôr fim à guerra e elogiou os resultados obtidos através do acordo sobre cereais, alcançado em julho com a mediação de Ancara e da União Europeia (UE).
O Kremlin ainda não comentou o conteúdo da conversa entre Putin e Erdogan, que deverá falar hoje com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Erdogan denunciou os "ataques terroristas" do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e das Milícias Curdas-Sírias de Proteção do Povo (YPG) e apelou à plena implementação do acordo alcançado em Sochi, em 2019.
Sublinhou que este acordo incluía medidas para "a retirada dos terroristas da fronteira" e reiterou "a importância e prioridade de limpar a zona num espaço até 30 quilómetros ao longo de toda a fronteira (entre a Turquia e a Síria)".
A Turquia lançou a Operação "Garra de Espada" a 21 de novembro, uma campanha de bombardeamento contra grupos curdos na sequência do atentado de 13 de novembro na cidade turca de Istambul, que causou seis mortos e mais de 80 feridos.
O governo turco atribuiu o ataque ao PKK e disse que o principal suspeito tinha recebido ordens do YPG - o principal membro das Forças Democráticas Sírias (SDF) -, mas tanto o PKK como a SDF se dissociaram do ataque e expressaram as suas condolências às vítimas.