O edifício na Mouraria, em Lisboa, onde no sábado deflagrou um incêndio que provocou dois mortos e 14 feridos, ainda não tem condições de habitabilidade e vai continuar encerrado.
A informação foi avançada esta segunda-feira à tarde aos jornalistas por Carlos Lopes Loureiro, chefe da divisão de operações da Câmara de Lisboa, no final de uma vistoria.
“Ainda não há condições para reabrir. O edifício não tem nenhum problema estrutural, mas não tem condições de habitabilidade porque não tem luz nem gás”, explica Carlos Lopes Loureiro.
Os proprietários das frações do edifício foram avisados e devem agora dar início às reparações necessárias.
"Até que estas infraestruturas sejam repostas, não há condições de habitabilidade, pelo que os proprietários agora têm que, rapidamente, promover estas obras, para que as pessoas possam regressar em segurança às suas habitações, com exceção do rés-do-chão direito, onde se deu o incêndio", indicou o responsável da Proteção Civil.
O chefe da divisão de operações da Câmara de Lisboa garante que a autarquia desconhecia as condições em que os moradores viviam e que a situação não estava sinalizada.
Na noite de sábado, um incêndio deflagrou neste prédio na Rua do Terreirinho, provocando dois mortos, de nacionalidade indiana, e 14 feridos, todos já com alta hospitalar. As vítimas são de nacionalidade estrangeira.
Relativamente à necessidade de realojamento dos moradores do imóvel, Carlos Lopes Loureiro disse que o acompanhamento está a ser feito e que "o alojamento de emergência está garantido pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa", instituição que será informada das conclusões da vistoria, para que as pessoas continuem a ser apoiadas.
"Também já informámos os proprietários, que são os primeiros responsáveis por estas pessoas que arrendam estas habitações", apontou.
Sobre as causas do incêndio, o representante disse que não dispõe dessa informação e afirmou que a Polícia Judiciária está a investigar.
Questionado sobre quantas pessoas viviam no rés-do-chão onde deflagrou o incêndio, Carlos Lopes Loureiro explicou que o número que foi dito inicialmente, de cerca de 20 pessoas, "ainda não se confirmou".